04 setembro, 2013

Carta pra Lua


Por favor coloque a música anexa para ela escutar.
Conte pra nega que meu coração dói e que choro de saudade pensando nela em cada sílaba de cada palavra de cada estrofe dessa música. Uma saudade dolorida e boa ao mesmo tempo, daquelas que vem junto com a certeza de que sempre a sentirei pois significa que nunca estaremos afastados realmente, por mais terras e oceanos que insistirem em se meter entre a gente.

Diga também que meu coração nunca deixará de bater no compasso do dela e que, toda vez que tenho que desenrolar seus braços para devolvê-la, minha verdadeira vontade é de agarrar na perna dela tal qual faz na minha, e nunca, nunca, nunca mais soltar.

Fale que cada coisa que ela me dá, que cada rabisco que faz toma tamanho de tesouro e que carrego pra sempre dentro do peito.

Leia a carta pra ela mesmo que ela não entenda, pois entendimentos são pequenos pra enormidade que a vida adquire quando estou com ela.

Por toda terra que passo
Me espanta tudo que vejo
A morte tece seu fio
De vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo
Nas tranças do teu desejo

O mundo todo marcado a ferro
A fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo
A morte é o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto
O olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco
Nas tramas do teu segredo

Ê Minas, ê Minas
É hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe
Ê Minas, ê Minas
É hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe

A cera da vela queimando
O homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando
A vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego, eu me enrosco
Nas cordas do seu cabelo