O ócio atormentado erige a pena que, seringa cheia de um suor que escorre por dentro, investe palavras contra a alvura do papel tornando-o mais puro na medida que macula.
O tormento provém do que fere a alma, sangra os princípios e derruba os dogmas tão arduamente construídos com a brisa que a musa, êmbolo precípuo de tudo, forma simplesmente por existir.
A musa, parto inverso (nasce pra dentro), violenta a vítima cingindo a navalha que causa o corte, que causa a dor, que causa o texto, que se finge de cura.
Cura que entorpece ao mesmo tempo que vicia.
Maquiagem que morfina,
Morfina que disfarça,
Morfina que vicia,
Morfina que me nina.
O tormento provém do que fere a alma, sangra os princípios e derruba os dogmas tão arduamente construídos com a brisa que a musa, êmbolo precípuo de tudo, forma simplesmente por existir.
A musa, parto inverso (nasce pra dentro), violenta a vítima cingindo a navalha que causa o corte, que causa a dor, que causa o texto, que se finge de cura.
Cura que entorpece ao mesmo tempo que vicia.
Maquiagem que morfina,
Morfina que disfarça,
Morfina que vicia,
Morfina que me nina.
7 comentários:
não sei bem se entendi todas as referências do texto. Não consegui acessar ao blog maquiagem e morfina, mas pelo que me lembro a última atualização é de 30 de novembro.
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Opinião:
quanto ao título vc poderia mudar a segunda parte para (ou parto de um texto). Elidir o artigo pode ainda dar maior ambigüidade. Só uma mera opinião...
Abração
Boa Noite! Igor...
Esse texto é bastnte instrospectivo, e acho essa forma de escritua ímpar, sou suspeita pq adoro esse ritmo q às vezes parece q vai nos consumir...amo mesmo, seu talento é algo q nem preciso comentar.
Beijos Poéticos.
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Eu tinha que ler o comentario do Beto antes de fazer o meu, né? Agora tou aqui querendo saber: existe um blog Maquiagem e Morfina?
O texto! Ah, o texto! Me entorpeceu... tão ou mais fortemente que a morfina. Porque me deixou com a sensação de estar engatinhando na escrita e correndo como louca atrás de quem tem pleno dominio das palavras.
Interessante... achei legal o título - partindo ou não de um texto!
Beijooooo
Pra mim foi um delicioso poema sobre as dores de parir um texto, cuja musa nos violenta e nos corta, causando tão grande dor que acaba dando à luz o texto, que até parece a cura. Uma falsa cura, que entorpece e vicia. Gostei demais, Forasteiro.
Abraços.
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