"O senhor não repare. Demore, que eu conto. A vida da gente nunca tem termo real.
Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo, e estremeci, retirando as mãos para trás, incendiável: abaixei meus olhos. E a Mulher estendeu a toalha, recobrindo as partes. Mas aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca. Adivinhava os cabelos. Cabelos que cortou com tesoura de prata... Cabelos que, no só ser, haviam de dar para baixo da cintura...E eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo:
- Meu amor!...
Foi assim. Eu tinha me debruçado na janela, para poder não presenciar o mundo."
Um comentário:
é lindo, né?
Postar um comentário