25 setembro, 2007

Ítalo Calvino

Uma das coisas que me estimula é saber que existem muitos autores bons a serem, por mim, descobertos. É uma surpresa deliciosa iniciar um livro despretensiosamente e ser envolvido inteiro pela escrita. Ítalo Calvino foi um desses casos. Sempre soube que a ignorância é uma benção e, por isso, sempre agradeço meu conhecimento e interesse literário não formal, sempre me colocando em frente à fabulosas descobertas.

Ah, uma coisa que me desestimula é a consciência de quanto eu estou emburrecendo, e de forma vertiginosa. Meus escritos, em minha profissão ou por lazer, estão medíocres e desaparecendo, não possuo mais nem um resquício de meu antigo ímpeto. Talvez me faltem os motivos, talvez isso seja bom. Já comecei a me recolher em meu antigo e solitário mundo, talvez tenha que acelerar o processo.


  • Calvino, Italo. O Barão das Árvores
  • Um comentário:

    Márcio Hachmann disse...

    Também me sinto medíocre, às vezes. Então, busco passear entre as estantes de uma biblioteca pública qualquer. Livraria também serve, (mas é um perigo para a compulsão latente). Ao observar os livros nas prateleiras, me esqueço de tudo. E o que era antes medíocre torna-se acima da média. Mesmo que isso não faça diferença alguma. Ao menos me traz segurança. Valeu por nos lembrar da dívida que temos com Ítalo Calvino.