13 janeiro, 2006

Vingança?

A loucura patética de minha cabeça tua sanidade afronta.
Teu equilí­brio estúpido cumeado pela indiferença sangra meu sequioso prazer do ébrio.

Por isso beberei.
Uma ode aquilo que hipócrita me torna.
Divagarei perdido no jorro dourado que plasmará meu cérebro, chutarei cachorros nos dentes, mastigarei a fumaça escrota de um cigarro barato e cuspirei verdades inventadas nos ouvidos sôfregos de ordens absolutas dos meus iguais.
Gozarei em bucetas ordinárias com a sinceridade de seu deus.
E farei tudo dançando, dançando com a suavidade de um deselegante sem dor. Ciente de que toda dor ficou pequena perto da que estarei esquecendo.

Mas, no final da noite...
deitado, mijado, estragado, surrado, sangrando, morto e esquecido
sei que ainda berrarei teu nome

2 comentários:

Luiz Roberto Lins Almeida disse...

Muito visceral esse texto. parece ter sido ditado entre dentes.
excelente.

Anônimo disse...

Forte! E com um final que dá nome ao sentimento!
Bom te ler.
Beijos