13 dezembro, 2005

A Menina da Janela


Nunca estive tão longe da paz como naquele momento,
Onde o passado era uma ferida recente de onde escorria minha saudade
Apesar de tudo ou por causa disto você veio, subiu em minha janela e de lá me levou

Agora frí­volo e com a alma já entorpecida
Vago na noite mendigando fragmentos de sentimentos,
Aceitando a lúgubre assimilação de carí­cias distintas pela simples consequência da liberdade.
Essa fobia afasta qualquer possibilidade de proximidade
O aparecimento de pequenas certezas perturbam-me ainda mais
Deixando-me sufocado na agoniante aglomeração de caminhos não seguidos
Tateio meu futuro na tentativa de que alguma fresta se abra e
Minha retina se inunde com a luz que emana da paz que só tem aqueles que acharam o caminho certo a percorrer.

Um comentário:

Luiz Roberto Lins Almeida disse...

Esse lance de mulher na janela é coisa de mineiro? evocou-me na hora um poema do Drummond...
é, parece que as minas gerais fazem bem pra poesia.
Suerte