19 outubro, 2015

mais do mesmo, mas não pra mesma

E não me venha com essa ausência descarada. Nem com esse ultimo escarrar de palavras encerrando minha resposta com um bater de porta na cara. Isso é coisa de casal, algo que não somos mais.
Não adianta sair pisando firme, nem franzir o cenho e amarrar esse bico na cara (apesar de ficar linda com ele). Você não me odeia por causa dos meus pensamentos. Você me odeia porque vê sentido neles, os entende. Você é fabricada pela mesma logica, a mesma matéria racional e insensível que constituem minha falta de crença. Então o que você odeia é a própria sensação de que, mesmo não querendo, algo se encaixa no meio desse monte de impropérios que vomito a torto e a direito.
É quando se esconde, tenta não pensar muito no assunto. Leva a vida em buracos cheios de pessoas desinteressantes e fúteis, preenche seu tempo fugindo da própria forma de pensar, entra na multidão tentando se perder no meio de alguma festa esnobe. Mas sente que, beeeeem la no fundo, tua mente não te deixa em paz.
Sinto muito mas você nunca vai conseguir correr o suficiente para fugir do seu próprio raciocínio, por mais imbecis que jogue em sua cama. E é isso que te mata, é isso que você odeia, é isso que te rouba o sono a noite.
Na verdade você não me odeia, você se odeia ao perceber que é como eu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Têm gente aqui que só joga ladys em sua cama

Anônimo disse...

Demonstra insatisfação com a ausência,
ciúmes,
vontade.
Amor evidenciado.

Unknown disse...

Eu lendo eu ....